Full Moon Emerging from an Acid Landscape
Alqueva´s Dark Sky Reserve | By Year: 2017 | Mértola & Mina São Domingos | Moonlight Scenes | Nature | Night Sky
A Full Moon is reflected in a puddle of acid water from Achada do Gamo, that was – since the beginning of modern mining activities in the São Domingos Mine – the center of metallurgical activities on extracted minerals. The areas of heaps, slag and channels of water, give the landscape a “lunar” aspect, revealed in this image naturally illuminated by the Moonlight. The heaps are composed of different materials with high levels of metals, such as slag and ash, whose leaching through the rainwater leads to the production of acid mine drainage, usually with an ocher or reddish color.
São Domingos Mine is located in Baixo Alentejo, about 240 km from Lisbon, in the municipality of Mértola, which recently joined the Dark Sky® Alqueva Route for the great quality of the night sky. The São Domingos mining area is part of the Iberian Pyrite Range and is a decisive source of basic metals (S, Zn, Pb, Sn, Ag, Au, Fe, Co, Cd, etc.) and other elements such as sulfur (S). It has been a sought after place for the extraction of ores since antiquity, with evidence of gold, silver and copper mining in the pre-Roman and Roman times. The pyritic deposit of São Domingos (St. Dominic) was explored in various historical periods, namely: for several centuries of the first millennium BC (Eastern period), during the period between 14 BC and 395 AD (Roman period), during the Islamic period and during the modern period that was initiated in 1858 for the extraction of copper, gold and silver and was maintained until 1966, the year in which the reserves were considered exhausted. During this period, the work was done in the open air up to 120 meters deep, with work continued through wells and galleries up to 400 meters. Over 108 years of regular exploration, more than 20 million tons of materials were removed from the site, producing about 14.7 million tons of waste accumulated in heaps up to 14 meters high with a dozen different materials such as pyrite , gossan, slag, ash, iron oxides, barren rock, sludge, debris, etc.|
PT: A Lua Cheia reflectida nas águas ácidas da Achada do Gamo, que foi desde o início das atividades modernas de mineração na Mina de São Domingos, o centro das atividades metalúrgicas sobre os minérios extraídos. As áreas de escombreiras, escórias e canais de água, dão à paisagem um aspecto “lunar”, revelado nesta imagem nocturna pela luz natural do luar. As escombreiras são constituídas por diferentes materiais com teores elevados em metais, como escórias e cinzas, cuja lixiviação através das águas das chuvas leva à produção de águas ácidas (‘acid mine drainage’), geralmente com uma cor ocre ou avermelhada.
A Mina de São Domingos, situa-se no Baixo Alentejo, a cerca de 240 km de Lisboa, no concelho de Mértola, que passou a integrar recentemente a Rota Dark Sky® Alqueva pela grande qualidade do seu céu escuro. A área mineira de São Domingos, está inserida na Faixa Piritosa Ibérica e constitui uma fonte decisiva de metais básicos (Cu, Zn, Pb, Sn, Ag, Au, Fe, Co, Cd, etc.) e de outros elementos como o enxofre (S). Foi desde a Antiguidade um local procurado para a extracção de minérios, existindo indícios de trabalhos de extracção de ouro, prata e cobre no período pré-romano e romano. O depósito pirítico de São Domingos foi explorado em diversos períodos históricos, nomeadamente: durante vários séculos do primeiro milénio a.C. (período Oriental), durante o período que mediou entre o ano 14 a.C. e o ano de 395 d.C. (período romano), durante o período islâmico e durante o período moderno que se iniciou em 1858 para a extracção de cobre, ouro e prata e manteve-se até 1966, ano em que as reservas foram consideradas esgotadas. Neste período, a lavra foi feita a céu aberto até aos 120 metros de profundidade, tendo os trabalhos continuado por meio de poços e galerias até aos 400 metros. Ao longo de 108 anos de exploração regular, foram retirados do local mais de 20 milhões de toneladas de materiais, tendo produzido cerca 14,7 milhões de toneladas de resíduos acumulados em escombreiras de até 14 metros de altura, com uma dezena de materiais diferentes como pirite, gossan, escórias, cinzas, óxidos de ferro, rocha estéril, lamas, entulhos, etc.