Moonlight and Jupiter Shinning above Corta da Mina Landscape
Alqueva´s Dark Sky Reserve | By Year: 2017 | Clouds and Fogs Heavens | Mértola & Mina São Domingos | Moonlight Scenes | Nature | Night Sky | The Moon
A Moonlight scene in a cloudy sky with bright planet Jupiter shinning above Corta da Mina landscape, that is the result of the open-pit mining operation begun in 1867 in São Domingos Mine. It has a geometrical shape of an ellipse and a depth of 120 m and a perimeter of approximately 2 km. It was the place from which the ores were extracted: the pyrites, sulfur, copper, iron, zinc, gold and silver. Around the cavity it is possible to observe several types of heaps constituted by diverse materials such as modern slag of black color, brownish Roman slag, gossan fragments of reddish color and encasing mineralization rocks like vulcanites and schists. Some of these commons have significant gold contents assuming the presence of iMt from heaps with 1g / t gold. ” After the end of the work, in 1966, the abandonment of the extraction of water from the bottom of the mine allowed the rise groundwater level within the cut to the current, apparently stationary point. The water currently contained in the cut is extremely acidic (Ph = 2) giving the water an incredible color variation with colours ranging from reddish tones to oranges and yellows, it contains a large amount of dissolved sulfates, mainly iron and arsenic sulfates, but also copper and zinc.
São Domingos Mine is located in Baixo Alentejo, about 240 km from Lisbon, in the municipality of Mértola, which recently joined the Dark Sky® Alqueva Route for the great quality of the night sky. The São Domingos mining area is part of the Iberian Pyrite Range and is a decisive source of basic metals (S, Zn, Pb, Sn, Ag, Au, Fe, Co, Cd, etc.) and other elements such as sulfur (S). It has been a sought after place for the extraction of ores since antiquity, with evidence of gold, silver and copper mining in the pre-Roman and Roman times. The pyritic deposit of São Domingos (St. Dominic) was explored in various historical periods, namely: for several centuries of the first millennium BC (Eastern period), during the period between 14 BC and 395 AD (Roman period), during the Islamic period and during the modern period that was initiated in 1858 for the extraction of copper, gold and silver and was maintained until 1966, the year in which the reserves were considered exhausted. During this period, the work was done in the open air up to 120 meters deep, with work continued through wells and galleries up to 400 meters. Over 108 years of regular exploration, more than 20 million tons of materials were removed from the site, producing about 14.7 million tons of waste accumulated in heaps up to 14 meters high with a dozen different materials such as pyrite , gossan, slag, ash, iron oxides, barren rock, sludge, debris, etc. The areas of heaps, slag and channels of water, give the landscape a “lunar” aspect. The heaps are composed of different materials with high levels of metals, such as slag and ash, whose leaching through the rainwater leads to the production of acid mine drainage, usually with an ocher or reddish color. |
PT: Um cenário ao Luar com a presença do planeta Jupiter a brilhar por detrás de um céu nublado que se precipita acima da paisagem acida da Corta da Mina, o resultado da exploração mineira a céu aberto encetada em 1867 na Mina de São Domingos, em Mértola. Possui uma forma geométrica de uma elipse e uma profundidade de 120 m e um perímetro de aproximadamente 2 km. Era o local de onde se extraíam os minérios: as pirites, enxofre, cobre, ferro, zinco, ouro e prata. Em torno da cavidade é possível observar vários tipos de escombreiras constituídas por materiais diversos como escórias modernas de cor negra, escórias romanas acastanhadas, fragmentos de gossan de cor avermelhada e rochas encaixantes da mineralização como vulcanitos e xistos. Alguns destes corpos de encombros apresentam teores significativos de ouro admitindo-se a presença de iMt de escombreiras com 1g/t de ouro.” Após o fim da laboração, em 1966, o abandono da extração de água do fundo da mina permitiu a subida do nível freático dentro da corta até ao ponto atual, aparentemente estacionário.
A água hoje contida na corta é extremamente ácida (Ph=2) conferindo à água uma variação cromática incrível com cores que vão desde tons avermelhados, a laranjas e amarelos, contém uma grande quantidade de sulfatos dissolvidos, principalmente sulfatos de ferro e arsénico mas também de cobre e zinco
A Mina de São Domingos, situa-se no Baixo Alentejo, a cerca de 240 km de Lisboa, no concelho de Mértola, que passou a integrar recentemente a Rota Dark Sky® Alqueva pela grande qualidade do seu céu escuro. A área mineira de São Domingos, está inserida na Faixa Piritosa Ibérica e constitui uma fonte decisiva de metais básicos (Cu, Zn, Pb, Sn, Ag, Au, Fe, Co, Cd, etc.) e de outros elementos como o enxofre (S). Foi desde a Antiguidade um local procurado para a extracção de minérios, existindo indícios de trabalhos de extracção de ouro, prata e cobre no período pré-romano e romano. O depósito pirítico de São Domingos foi explorado em diversos períodos históricos, nomeadamente: durante vários séculos do primeiro milénio a.C. (período Oriental), durante o período que mediou entre o ano 14 a.C. e o ano de 395 d.C. (período romano), durante o período islâmico e durante o período moderno que se iniciou em 1858 para a extracção de cobre, ouro e prata e manteve-se até 1966, ano em que as reservas foram consideradas esgotadas. Neste período, a lavra foi feita a céu aberto até aos 120 metros de profundidade, tendo os trabalhos continuado por meio de poços e galerias até aos 400 metros. Ao longo de 108 anos de exploração regular, foram retirados do local mais de 20 milhões de toneladas de materiais, tendo produzido cerca 14,7 milhões de toneladas de resíduos acumulados em escombreiras de até 14 metros de altura, com uma dezena de materiais diferentes como pirite, gossan, escórias, cinzas, óxidos de ferro, rocha estéril, lamas, entulhos, etc. As áreas de escombreiras, escórias e canais de água, dão à paisagem um aspecto “lunar”. As escombreiras são constituídas por diferentes materiais com teores elevados em metais, como escórias e cinzas, cuja lixiviação através das águas das chuvas leva à produção de águas ácidas (‘acid mine drainage’), geralmente com uma cor ocre ou avermelhada.